EXPOSIÇÃO DA FAMÍLIA KASPERL
Na idade média, os bonecos eram utilizados nas doutrinações religiosas e apresentadas em feiras populares.
Na Itália, o boneco mais conhecido foi o MACEUS, que antecedeu o POLICHINELO. Na Turquia havia o KARAGOZ, na Grécia, as ATALANAS, na Rússia, o PETROUSHKA, em Jawa, o WAYANG, na Espanha, o DON CRISTÓBAL, na Inglaterra, o PUNCH e JUDY, na França, o GUIGNOL, na república Tcheca o HURVINEK, na Alemanha, o KASPERL e no Brasil, o MAMULENGO.
Kasperl popularizou-se de tal forma que hoje é sinônimo de Teatro de Bonecos Alemão.
Em Jaraguá do Sul...
- LÁ VEM A MÓIN-MÓIN!
Gritavam as crianças já correndo em sua direção querendo disputar um olhar, um abraço, um beijo ou mesmo um afago na cabeça. E todos os olhinhos a fitavam com um brilho especial enquanto acompanhavam seu passinho até o salão da escola.
Lá, se despedia da criançada que saía correndo contando pra todo mundo que a Móin-Móin estava na escola.
No salão uma tenda de sonhos ela montava para esperar as crianças pouco depois. E quando chegava a hora, um mundo de fantasia tomava vida para o encanto de todas as idades.
Histórias infantis, que ela inventava, eram contadas pelas personagens como a Bruxa, o príncipe, a princesa, o lobo, o policial, o Zé Galinha e a Maria, o plebeu e a Plebéia, o urso e o macaquinho, o tenebroso e assustador jacaré e o esperto Kasperl, um bobo da corte, aliás, o único que tinha as perninhas e podia ficar sentadinho no palco durante a história.
Além disso, alegrando a cena e dando um toque especial ao "Kasperl Theater", como era chamado, cantigas em português e em alemão eram cantadas, acompanhadas de som de gaita de boca, violino ou flauta doce.
Eu devia ter meus cinco aninhos e essas imagens ainda estão diante dos meus olhos, como se fosse hoje.
- Mas afinal, quem era a Móin-Móin?
Margarethe Pätzmann Schlünzen, nasceu a 13 de fevereiro de 1900 em Soltau, na Alemanha e veio ao Brasil para cuidar dos filhos de sua irmã, casada com o Dr. Lutz Luce. O casal Luce vivia em São Bento do Sul e a irmã de Margarethe, muito enferma, faleceu logo após. Ela permaneceu no Brasil e casou-se com o Pastor Ferdinand Schlünzen vindo morar em Jaraguá do Sul.
Em 1957, Margarethe resolveu criar alguns bonecos de papel maché, pediu ajuda a seu filho Klaus para a confecção de uma tenda, inventou uma história e lá se foi, apresentando histórias de bonecos na escola da comunidade - Jardim de Infância Pestalozzi. Atuou até 1973 quando faleceu.
A EXPOSIÇÃO DA FAMÍLIA KASPERL tem como objetivo principal, a disseminação da arte do teatro de bonecos de luva e a História do teatro de bonecos em Jaraguá do Sul.
A Exposição pode acompanhar uma oficina de confecção e manipulação de bonecos de luva. |